terça-feira, 26 de julho de 2011

Não é 1° de abril, sendo assim, tudo perde a graça (23/04/11)

Você encontra-se ali, pronta para sair, só então percebe que não há companhia. O erro não foi dos outros, mas seu. Observei em silêncio enquanto você afastava um por um. Justificava com acontecimentos do passado, dizendo que não suportaria o abandono novamente e, ao invés de ver partir, partiu.
Pergunto agora: qual foi a diferença?
Encontra-se no ponto exato em que encontrava-se tempos atrás. Seu quarto, seu espelho e a companhia do seu reflexo, que lhe causa repugna.
Lembra-se de quando costumava arriscar-se e o riso vinha espontâneo e não por obrigação?
Veja bem, não foi minha intenção provocar suas lágrimas. Quis apenas lembrar-te quem realmente és.
Não que eu não lhe compreenda. Sei bem do que encontrou pelo caminho, das dores que vieram no teu percurso, mas não aceito tua derrota.
Era lembrada, sabe? Falavam de ti como falam da luz. Não posso admitir que isso se perca. Então eu peço, na verdade imploro: corre atrás do que há aí dentro. Acredito que possa te encontrar, mesmo em meio a tanto desespero.

Nenhum comentário:

Postar um comentário