terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quando trata-se de ti... (26/05/11)

Contentava-me com tão pouco. Sempre evitando excessos. O suficiente para suprir bastava. Meia dúzia de palavras, uma tarde na presença.
Já não suporto.
Um aceno e um sorriso não me alegram. Busco mais, preciso de mais. Presença constante, meu nome em tua mente.
Já não suporto a ideia do fim.
Talvez eu tenha fantasiado, criado tal situação, mas te encontrei sem graça. Teus olhos não suportaram o peso dos meus. Ignorou completamente. Ignorou as lembranças e todo o resto. Acredito que por fraqueza me fez não existir. Porém pude ouvir. Ouvi tua voz rouca, feroz. Havia mais fúria do que de hábito.
Preocupei-me.
Saberia ela cuidar de ti? Dividir toda a dor? Fazer-te esquecer?
Preferi pensar que não. Alguma hora voltará a si. Então eu poderei contar sem escrúpulos que um “olá” quando está só não me basta. Que um abraço não desfaz saudade. Que quero tanto, com tanta força, de ti.
Porque já não me contento em ouvir o som do lado de fora, de forma impessoal.
E eu contentava-me com tão pouco. Mas tratando-se de ti não desejo fragmentos, parcelas. Quero inteiro, quero mais, quero tudo!

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