sábado, 6 de agosto de 2011

Expectativa ou sonho? (23/05/11)

Cometo, mais uma vez, o maior dos erros. Mas quem de nós não se atreve a criar expectativas? E quem de nós tem controle sob tais criações?
Fosse tempos atrás eu trataria tais expectativas por sonhos. Seriam sonhos falhos, assim que gerados. Antes uma nova frustração do que um novo sonho perdido. E foram tantos!
Me considero hoje, antes de tudo, um ser errôneo. Desprovido de certezas, de noções. Não tenho medo da falha. Temo todo o resto, menos a falha.
Já troquei tantas vezes o certo pelo duvidoso, o caminho estável pela emoção da surpresa, que hoje não escolho, simplesmente atiro-me e vou.
Contudo expectativas me perseguem. Eu tento, mas livrar-me delas tem se tornado a cada dia mais complicado. Consequentemente, tudo a minha volta deixou de ser fácil, simples.
Pode ser que a presença constante da falta tenha dificultado as coisas. Falta afeto, calor, animação. E volto à elas, às expectativas, que se mostram em abundância, que com frequência transformam-se em frustrações. Não lembro o que é dar certo.
Saudade.
Saudade dos tempos fáceis. Das pessoas, dos lugares, de ter coragem para admitir que não se tratam de expectativas, mas de sonhos que ainda existem dentro de mim.

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