Neblina baixa, clima denso.
Fim de mês, mais um fim de mês.
Montes de problemas, ausência de soluções.
Saudade.
Tanta saudade.
Sorriso perdido, mente perdida.
Velho amor desperdiçado, agora vê.
Falta. Falta algo.
Vem a brisa. Brisa não, vento.
E o vento leva, derruba, destrói.
Não há chance, nem volta.
Foi.
Reconstrução.
Atira-se, tenta.
Desiste.
Sozinha não, sozinha não dá.
Procura pelos olhos.
Olhos azuis, olhos profundos.
Procura por garrafas.
Garrafas nas mãos, garrafas quebradas por fúria.
Não há nada.
Lembra de tanto.
Sente ódio, carinho, compaixão e desprezo!
Sente tanto. Sente tudo.
Tanto por ter deixado tudo ir.
Sente tanto por não ter contido o vento.
Já é tarde.
Gosto de sal, vem dos olhos.
Não dos azuis, mas dos seus olhos.
Volta ano.
Volta, amor.
Já é tarde.
Não há tempo.
Fecha os olhos, pra que sequem.
Leva vento. Leva-me vento.
Pra lá, pra longe.
Mas pra perto dos olhos. Daqueles olhos azuis.
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