terça-feira, 16 de agosto de 2011

Faltava algo, a peça chave (16/06/11)

Ao olhar parecia completo, mas sabia-se que faltava a peça principal do quebra-cabeça.
Sentia-se a ausência do doce ou do tempero, da pureza ou do pecado.
Mantinha-se muito comum, indiferente.
Havia cautela para que não transparecesse vulgaridade ou santidade, um equilíbrio que incomodava.
Não era hora de medidas, mas de excesso.
Que abusasse então, fosse disso ou daquilo, mas abusasse.
Era preciso destaque. Era preciso lembranças.
Não podia cair no esquecimento. Não podia apagar.
E faltava tão pouco para que a luz não pudesse mais ser vista...
Seus atos e passos já eram extremamente calculáveis. Não havia por vir, apenas uma sequência de repetições: os mesmos gestos, mesmas falas, mesmas reações.
Não havia surpresas.
Mas, por dentro, havia tanta inquietação.
Como, quando e onde tudo se perdeu?

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