Não é carência nem solidão, hoje tive a prova de que se trata mesmo de saudade.
Eu vinha sorrindo, por nada e por tudo. Fazia sol e a brisa agradava.
Eu via sinais de um belo dia, foi então que escureceu.
Tuas lembranças arruinaram tudo.
É saudade, da pior que pode haver.
Te desejei por perto, para conversar, sorrir, brincar. Não para brigar. Brigas eu evitaria.
Lembro que no começo eu disse que evitaria. No começo eu tinha certeza que te amava. Agora tenho tal certeza novamente.
Aliás, tenho tantas certezas.
E tive tantas dúvidas. Dúvidas em momentos inadequados, indesejados. Fosse hoje... Hoje eu me ajoelharia aos teus pés, me privaria de tanta coisa, e pouco me importaria com o resto. Mas me preocuparia. Contigo, com mais nada, com mais ninguém.
Temeria. Temeria te perder, e mais nada, temeria por mais ninguém.
Como as coisas mudam. O jogo vira. Tudo se vai.
Mas espero que tu venhas. Uma hora terá de vir.
Não faço ideia de qual será a minha, a tua reação quando nos encontrarmos por aqui.
E se eu disser que eu quero ir embora, largar tudo, deixar a minha pra viver a tua, a nossa vida?
Se eu disser que a cada instante teu nome rodeia minha mente e que mesmo distante sigo teus passos, calculo teus atos?
Se eu disser que já não sou eu longe de ti, que perdi toda minha essência, toda minha vivacidade, toda a minha alegria?
Se eu disser, se eu te disser, que te amo desde o instante que te vi, em frente ao bar, com a lata na mão, com o amigo ao lado, com o sorriso no rosto, nos dias tranquilos ou presa no trânsito, mudaria algo?
Ainda há tempo para mudar algo?
Seria capaz de retomar, de refazer?
Eu espero. Espero ansiosamente que tu venhas.
Espero porque... Porque eu “te conheço!”
Te conheço e confio em ti, acredito em ti, acredito em nós.
E ainda não deixei tudo para trás.
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