terça-feira, 9 de agosto de 2011

Interrompendo o inverno (08/06/11)

Me vem em uma tarde fria de Junho e aquece. Retoma o peito, refaz velhos planos. Traz consigo poucas e intensas palavras que me levam o sono, me trazem desordem.
Pouco tempo que tanto tempo foi incapaz de apagar, mas por quê?
Não soube responder, eu não me atreveria tentar.
As canções... Se por breves momentos ofuscadas agora mostram-se tão claras, leves, sinceras.
Oscilação.
Deve-se ou não ousar novamente, perder-se e sonhar em meio a tal tormento?
A única certeza é a de que certezas vacilam, por vezes erram sua previsão. Então as abandono, e sigo.
Sigo minha vida, tão longe e ligada a tua que mal podemos imaginar. Mal podemos imaginar o por vir, mas aguardamos. Contudo a espera logo verá seu prazo final.
Não sabemos mais.
Não sabemos guardar saudade, reprimir desejo, contentar-nos com lembranças.
Corremos. Não pelos mesmos caminhos, mas em mesma direção. A direção alheia. O reencontro.
“-Tão bom te ver enfim, mais uma vez.”

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