Queria apenas acabar com o mal que lhe consome, é pedir muito?
Hoje, mais do que nunca, precisou de amparo, precisou pôr fim à angústia que lhe aperta a alma sabe-se lá por que motivo.
Inutilmente perdeu-se por entre a fumaça da qual tanto gostava, desejando que ali esquecesse uma parcela de si que jamais pudesse ser resgatada. Nas entrelinhas de qualquer verso procurava por motivação, por uma razão para que o sorriso estampado em sua face permanecesse ali.
Tudo em vão. Tudo sempre tão em vão.
Desistiu dos atos antes planejados por não conhecer seus reais intuitos e por pouco não desistiu de si.
Recordou com carinho histórias ouvidas na infância, nas quais acreditava sem contestação alguma, e repugnou o fato de já não acreditar em uma palavra sequer que seja pronunciada em sua direção.
Tudo poderia ser tão diferente, fosse um erro a menos lá no começo, porém policia-se antes de tachar alguém como vilão, se havia chegado a tal ponto tinha plena consciência de que suas próprias pernas a trouxeram até ali.
Então fechou os olhos, como sempre fazia e, esquecendo toda descrença que agora lhe acompanha, pediu ao sol que trouxesse boas novas junto ao novo dia que acabara de nascer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário