sábado, 4 de dezembro de 2010

Lençóis

Ela hoje sorria com uma facilidade que há muito não encontrava e por vezes sentiu-se na obrigação de conter tamanha euforia. Felicidade... Quão desejado esse estado se tornou e no dia de hoje, após de fato obtê-lo, mal sabe o que fazer.
Lembranças da noite passada são o que a deixa extasiada.
As mãos que encontravam-se transbordando todo o sentimento e intensidade do momento, o aroma que tanto lhe agradava e os envolvia, as confissões que faziam-se nas entrelinhas.
E o durante havia sido tão fascinante que mal tentou prever o depois. Conteve-se ali, em cada detalhe, em cada pequeno e significativo movimento que unia-os cada vez mais.
O luar que invadia o quarto pelas frestas da janela revelava sorrisos que ambos sabiam não pertencer a um simples desejo, o que fazia com que preocupações anteriores se dissipassem antes mesmo que pudessem ser recordadas.
O tempo passou sem que fosse notado ou contado, os braços permaneciam inseparáveis e o mundo girava sem obrigação alguma.
Sendo problema maior ou então solução, estava feito e fim, Estava feito e só. Estavam sós, não mais. E faça a vida agora o que bem entender.

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