Nunca fui fã de melodramas, mas confissões, cedo ou tarde, se fazem necessárias, e admito que há um sonho por aqui.
O quanto da vida é afetado por certas idas e vindas não se pode mesurar, sente-se e fim, sem direito à discussões, negociações ou recusas, não pode-se ao menos julgar. O coração desconhece aquilo que a razão nomeia por certo e errado. O coração comanda, manda e desmanda, e forma todo o ser daquele que, mesmo sem querer, é assim como eu.
E as pernas, os olhos e a alma habituam-se a fazer o mesmo caminho, habituam-se a postar-se diante do mesmo alguém, sempre com igual ou maior afeto, com igual ou maior encanto, mesmo que se tente disfarçar. E ali encontra-se consolo, carinho, prazer e paz. Encontra-se tudo, sem exceções, que se é necessário para viver.
Mas quando se sonha convive-se com o medo de despertar e, ocasionalmente, de fato se desperta. E com o despertar a falsa certeza de que não irá se voltar a sonhar. Pois bem, dessa forma se faz a vida... a queda, o levantar. O sonho, o despertar. E, feito um ciclo, tudo se repete, sempre se repete, quer queira, quer não.
E o medo?
Deixe o medo pra depois,
deixe o medo pra mais tarde,
e viva o sonho, mais uma vez.
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