terça-feira, 28 de dezembro de 2010

05/12/2010

O olhar permanecia parado. Era muito. Muito a ser pensado, muito a ser modificado em tão pouco tempo.
Os movimentos ainda eram lentos, o corpo mal respondia, e havia aquele que dizia que iria para o lugar que ela foi enquanto seu corpo tremia.
Era muito, muito, muito! E ela quis desesperadamente voltar.
Quis tragar fragmentos de um dia que levaria consigo, beber a alegria, saboreando o álcool que lhe aumentava o prazer.
A vida era tão viva e agora exige que seja apagada para que permaneça aqui, complicado, não?
Ela não consegue compreender, por mais que tente, e frequentar os mesmos lugares, sem deter-se aos detalhes dos discursos daqueles com quem fala perdeu boa parte da alegria. Julgue errado aquele que assim quiser, mas o que pode parecer tão simples para alguns é para ela nada menos que o inferno.
E procurou por soluções, sendo que a única encontrada lhe parece fora de contexto, pois usá-lo, por melhor que seja, pode não ser certo.
E o certo em questão só lhe fez mal.
Pôs-se a andar, esperando que os anos possuam um passo mais apressado do que os seus e não demorem à passar.

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