terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Terra do Nunca

De supetão todo teu passado jogado sobre ti,
objetos e papéis que trazem consigo lembranças à tempos esquecidas.
A falta de uma voz, de um abraço, e em um segundo não só os olhos, mas a alma alagada.
Se voltar fosse uma alternativa, certamente seria ela a assinalada.
Voltar a brincar e a ser admirada por tão cuidadoso manuseio de suas bonecas;
Sentir-se tão forte por não chorar após uma vacina;
Pensar ser tão amada por ter sempre um colo a sua espera;
Ser mais que o mundo, ser a alegria de alguém.
Tempo tão doce chamado infância, onde sonhar não requeria esforços,
grandes projetos necessitavam apenas de lápis de colorir,
e os olhos brilhavam ao ver um cachorrinho correr no parque;
Onde o maior medo chamava-se 'bicho-papão',
e era facilmente espantado por uma figura chamada 'mamãe'.
Todo dia a descoberta de algo novo nos mostrava como era divertido viver.
E agora, em silêncio os lábios sorriem.
A velha sensação de inocência te traz de volta o desejo de nunca crescer.

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