Me desespero por não encontrar as palavras certas.
Talvez o momento não seja propício, ou a sanidade seja pouca.
Mas há a presença da necessidade, não é mais um simples capricho.
Caneta, papel e palavras que insistem em se rebelar.
E eu, mais teimosa que elas, me recuso a desistir.
Pouco importa se sua ordem não possa ser realmente chamada de 'ordem',
ou então se seus significados não signifiquem nada.
Afinal, assim como não é possível que duas pessoas vejam um objeto exatamente do mesmo ângulo, não poderá ninguém, ao ler essas malditas palavras, entender exatamente o que eu quero dizer.
Principalmente se nem eu mesma souber o que quero que seja dito.
Prometo em breve me calar, mas antes as palavras que por algum motivo atormentam minha mente;
verde, rosto, saudade, olhares, futuro, incerteza, loucura, azul, menina, sonhos, incapacidade, solidão, ciúme, raiva.
E só.
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