Enfim, teu jeito tão familiar,
e a forma como fala e me abraça,
aquela coisa toda que acontece quando nos vemos..
Pernas que andam de um lado para o outro,
o nervosismo que já tornou-se inevitável,
a tua voz, e o tempo que esperei para ouvi-la novamente.
Tantas explicações, tantos erros admitidos,
momentos, lembranças, saudade.
E tenta me convencer que mudou, eu acredito.
É tão bom estar no velho lugar, com a velha pessoa,
não há nada a desvendar, descobre o que sente só de olhar,
a preocupação, as dúvidas, posso vê-las ao vê-lo.
Me habituei dessa forma, me acostumei a ser interpretada por ti,
mesmo que não esteja mais escrito, sabe exatamente o que sinto.
Me conhece tão bem, por mais que duvide disso.
Sabe o que quero, conhece os planos,
engraçado que depois de tanto tempo continua presente em cada um deles.
E diz precisar de mim por perto,
e diz que faço um bem enorme,
mas o "perto" talvez não seja da forma que espero,
o "bem" talvez não seja da forma que quero.
Eu quero tentar, mais uma chance.
Você diz que sabe o que acontece quando vai embora,
eu concordo e digo mais,você não tem mais que ir.
Ah mundinho!
Esse universo próprio bem que poderia parar agora,
parar o tempo, esquecer distância, fazer mudar.
Então tua voz diz que é melhor esquecer,
então minha razão diz que é melhor esquecer,
então eu percebo que não quero esquecer.
Gosto do teu nome, me arrependo de algo,
gosto do teu cheiro e da tua presença,
principalmente quando me conta segredos,
e quando seus olhos quase choram.
Pergunta pela minha paciência, digo que não a encontro mais,
então tu vira o rosto e sorrí.
O quanto eu erro ao agir assim!
Mas já não lembro o que significa "acertar",
e de uma certa forma,tu faz com que todos os erros se tornem úteis,
e de certa forma tu fez com que hoje eu esquecesse o resto,
e eu lembro que isso sempre acontece quando tu está aqui.
Nesse mundo, só nosso, as três palavras são ditas em silêncio.
(eu te amo)
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