segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

É o começo

Enlouquecendo;
eis a palavra!
Agradeço por mostrar-me.
Não acreditam na minha verdade, consigo continuar defendendo-a?
Apontam meus erros, consigo identificá-los?
Hora desejos, hora repugnância.
E a dor que me persegue deixa de ser física.
Cores, sons, rostos, e sua grande capacidade de mutação.
Gritos, sussurros, gestos, e minha pouca capacidade de entendê-los.
Reclamo a falta de liberdade e o excesso dela.
Me faz mal a solidão e é também tudo que preciso.
Entre a história, intensidade, prazer, expectativa,
entre os jeitos e cheiros, não sei o que escolher;
menos ainda o que mais me agrada.
O que ser? O que fazer?
São as certezas se tornando cada vez menos presentes.
Muda o canal, as estações, troca de sonhos.
Não sei o que pensar, não sei agir, não sei falar.
O que me resta é a (in)certeza de que ainda posso enlouquecer,
em paz.

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