Queria entender.
Entender se essa coisa toda é ódio ou amor.
A linha que os divide é tão sutil quanto nossas palavras nunca foram.
Pesa-me a nuca, me gira o mundo,
E me vem uma vontade absurda de afastar-te,
Trazer-te logo pra perto de mim.
Queria entender.
Entender se te amo ou detesto.
Se tua presença me renova ou abate.
Se nos completamos ou nos arruinamos sem ao menos haver necessidade de atos.
Queria entender, porra!
Entender o porquê de ser só tu capaz de me tirar do sério, de me tirar a paz,
De me arrancar essas palavras que tanto detesto, de me fazer vulgar.
Então tu calas e me faz falar e falar e falar incessantemente.
Me diz o porquê!
O motivo!
O motivo de diante de ti eu fazer-me de forte, guardar as lágrimas e o sentimentalismo
E, na ausência, desabar, gritar, pestanejar!
O motivo de o meu peito manter-se apertado e de tanta saudade, mesclada à fúria.
Explica-me!
Explica-me o que acontece, como consegues, sem vir, me enlouquecer,
E deixar-me com um grito preso na garganta,
Um grito de desespero, de impotência,
Um grito de dor!
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