Basta!
Dessas
lembranças e locais,
desses
locais que trazem aquelas lembranças.
As
ruas são as mesmas,
o
clima me é familiar,
contudo,
o tempo é outro.
E
eu,
eu
tenho que seguir,
eu devo seguir.
Me
esforço, tento, procuro,
e não
consigo.
Acontece
que minha mente, meu peito,
ficaram
presos a ti,
entrelaçados
às lembranças que deixastes,
que
formastes.
E
eu quis, desde o princípio,
ter
a capacidade de manter-te aqui,
de
ser tudo aquilo que te manteria firme caso te arrancassem o chão.
Eu
quis, desde o primeiro dia,
ser
tua primeira lembrança, quando ausente,
teu
primeiro pensamento ao despertar,
e o
último antes que adormecesses.
Quis
ser feito sonho e,
em
determinados momentos,
fiz-nos
viver nossos piores pesadelos.
Perdi
o controle.
Como
costumavas dizer,
minhas
palavras não correspondiam aos fatos,
e
jamais fui capaz de provar o contrário.
Acontece
que eu fazia e, em seguida, dizia não querer ter feito,
e o
que não dizia, o que deixava nas entrelinhas,
era
justamente o essencial.
Que
te amava, te adorava.
Que
tinha medo.
Medo
de te deixar, de seguir contigo.
Que
tinha medo!
Que
me deixasses,
que
ficasses por tempo curto demais,
que
estivesses mentindo.
E,
por ter sido covarde,
tão
covarde como nessa vida nunca vi alguém ser,
perdi
o controle.
E
perdi.
Perdi
o pulso, o que sabia me fazer feliz.
Mas
eu realmente te amava, te adorava.
E o
passado não deve ser empregado na frase anterior.