Não são poucos, os problemas.
Forjam soluções a todo, qualquer momento,
Logo em seguida mais uma, duas, quatro bombas.
Dá saudade. Saudade da vida simples, de reclamar de barriga cheia.
Agora, quando há motivos, não se sabe por onde começar o desabafo,
E cala.
Contudo, o silêncio incomoda,
Traz estranheza aos que a conhecem.
Menina peralta,
Sorriso e riso fáceis,
Felicidade estampada.
A flor desabrochou
E então, murchou.
E dói tanto.
Ela ia longe, ia toda,
Ia só e com vontade,
Quando percebeu, talvez tarde,
Que não era só que queria estar,
Nunca quis.
Perdeu os trilhos, o farol, e não mais os encontra.
“Por onde seguir?”
Ela grita, pede, implora por resposta,
Que não vem.
Ninguém vem.
Voltar, que nunca havia sido opção,
Tornou-se a única alternativa,
Mas, pra trás, há tanta turbulência,
Tanto desentendimento,
Se ao menos tudo se encontrasse como no princípio,
Se ao menos ele se mostrasse como no começo,
Seria tão fácil suportar,
Seria tão simples sorrir,
Seria um retrocesso,
Mas o melhor de todos.
Agora segue, pra lá, pra cá,
Vai e volta,
Sem saber ao certo pra onde ir.
O peito sabe,
Razão finge não saber.
Que quando pensa, sabe o que quer.
Mas quando pensa teme,
E teme mais ainda sentir o temor.
Sendo assim deixa, leva.
Leva por mais um dia, um mês, um ano.
Leva enquanto der pra levar,
Enquanto o peito não explode e a domina,
Enquanto o sentir não a leva para outro lugar.
Para aquele lugar.
Para o lugar em que realmente deseja estar.
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