As cartas encontram-se sob a mesa, é jogar ou jogar.
As novas regras já estão impostas, elas falam sobre a tua derrota.
Agora me diz, de que forma vai expor tua indiferença se não há saídas e a queda é certa?
Quero ouvir teu esbravejar, quero ver de que forma tu reage a tamanha injustiça.
Torna-se pior quando te atinge sem rodeios, não? É bem mais fácil quando não atravessa teu caminho e não há justificativa para que tu presenceie tal cena.
Pois bem, foi-se o tempo em que não havia necessidade de envolvimento, a responsabilidade está toda em tuas mãos. Engraçado, sempre fugistes delas, agora batem todas à tua porta. À porta não, no teu estômago, trazendo desconforto jamais sentido antes.
Hoje vês a verdadeira realidade e aos poucos te põe a sentir o peso do mundo.
E se pensares por um minuto sequer que tuas ações e tentativas trazem benefícios quase que imperceptíveis, acredite, é ainda pior sem elas.
Marchemos juntos então, pra que um dia possa ser dito que vivemos em um lugar de bem.
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Pois pedi que a música cessasse, era de extrema necessidade ouvir a chuva tocar o chão. O som que acalma não trás lembranças, ele as arrasta pra onde eu não as possa ver e dessa forma, me sinto em paz.
A brisa toca meu rosto e me faz sorrir sem motivo algum. Dessa forma que deve ser, da forma mais simples e natural que existe.
Mesmos lugares, novos ângulos. O desconforto da mudança parece, aos poucos, partir.
Volto então a aceitar o que por muito tempo me trouxe revolta. Os desenhos mal feitos após contornados tornam-se belos, acredito que isso aconteça na maioria das vezes.
Por segundos parei e pensei: seria possível fazer com que os outros compreendessem?
Mas não é preciso, então continuo. Ignoro o fato da existência de um mundo ao meu redor.
E como já havia feito, uso palavras após palavras, pra que quem sabe ao lê-las eu possa descobrir o que é que, nesse momento, me faz tão feliz.
A brisa toca meu rosto e me faz sorrir sem motivo algum. Dessa forma que deve ser, da forma mais simples e natural que existe.
Mesmos lugares, novos ângulos. O desconforto da mudança parece, aos poucos, partir.
Volto então a aceitar o que por muito tempo me trouxe revolta. Os desenhos mal feitos após contornados tornam-se belos, acredito que isso aconteça na maioria das vezes.
Por segundos parei e pensei: seria possível fazer com que os outros compreendessem?
Mas não é preciso, então continuo. Ignoro o fato da existência de um mundo ao meu redor.
E como já havia feito, uso palavras após palavras, pra que quem sabe ao lê-las eu possa descobrir o que é que, nesse momento, me faz tão feliz.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Hoje o cinza deu lugar ao azul que cai das nuvens.
Poderia dizer que aquela era uma cena comum, mas não era.
Não pensamos que tal decisão seria tão difícil e doída de ser tomada.
Estávamos nós sentados lado a lado, o trânsito nos prendia como já havia feito, porém dessa vez não se ouviam risos e ninguém atreveu-se a assobiar. Estávamos simplesmente lado a lado e isso era tudo, não haviam mãos que se tocassem ou então olhares trocados. Não fosse a chuva que batia no pára-brisas apenas o silêncio teria sido ouvido. Havia ausência de palavras, não sabíamos o que dizer.
Pensei que traria alívio, faria mais fácil, mero engano!
Não que eu vá voltar os passos e refazer o que desfizemos hoje, mas admito que restou um vazio, com gosto de café.
Agora vejo de uma forma que não esperava ver, que não queria ver.
Suas lembranças encontram-se sobre a cômoda do meu quarto, e as páginas turquesa contém algo que sempre desejei ter. Contém histórias. Não falo de histórias quaisquer, mas das nossas, que em curto tempo, acredito eu que foram escritas.
Não me permito continuar pois a visão embaça e lembranças agradáveis até demais tomam conta de mim.
Não me permito continuar pois não devo me arrepender, não posso, e talvez seja tarde.
É tarde, isso foi tudo.
E os pingos continuam a cair.
Poderia dizer que aquela era uma cena comum, mas não era.
Não pensamos que tal decisão seria tão difícil e doída de ser tomada.
Estávamos nós sentados lado a lado, o trânsito nos prendia como já havia feito, porém dessa vez não se ouviam risos e ninguém atreveu-se a assobiar. Estávamos simplesmente lado a lado e isso era tudo, não haviam mãos que se tocassem ou então olhares trocados. Não fosse a chuva que batia no pára-brisas apenas o silêncio teria sido ouvido. Havia ausência de palavras, não sabíamos o que dizer.
Pensei que traria alívio, faria mais fácil, mero engano!
Não que eu vá voltar os passos e refazer o que desfizemos hoje, mas admito que restou um vazio, com gosto de café.
Agora vejo de uma forma que não esperava ver, que não queria ver.
Suas lembranças encontram-se sobre a cômoda do meu quarto, e as páginas turquesa contém algo que sempre desejei ter. Contém histórias. Não falo de histórias quaisquer, mas das nossas, que em curto tempo, acredito eu que foram escritas.
Não me permito continuar pois a visão embaça e lembranças agradáveis até demais tomam conta de mim.
Não me permito continuar pois não devo me arrepender, não posso, e talvez seja tarde.
É tarde, isso foi tudo.
E os pingos continuam a cair.
sábado, 12 de junho de 2010
Dentre tantas alternativas, escolheu justo a que lhe desagradava. Talvez fosse a forma de pagar por cada plano largado antes mesmo de ser concluído, quando a possibilidade de fazê-lo era grande.
Dentre tantas vozes, muitas agradáveis aos ouvidos, a única que fez-se presente foi a que sabia irritar com um simples "olá". Talvez fosse a forma encontrada de mantê-la calada.
Então a ví caminhar de volta à casa após um cansativo dia de trabalho. Por mais que parecesse calma e leve feito brisa, em sua mente bilhões de pensamentos lhe enlouqueciam. Eram fatos inacreditáveis, problemas insolucionáveis, intensa covardia.
Sentia-se ingrata, sentia-se injusta.
E a imagem que lhe perseguia era de ferimentos físicos que expunham toda a dor de um espírito.
Sentiu-se tudo para alguém e nada para si. Viu que no caminho havia perdido toda sua crença na vida, e toda sua ação em relação a que se quer ou não fazer.
Sentiu-se inútil em suas buscas, lembrou-se não saber por onde começar para que pudesse, enfim, concertar tudo aquilo que havia estragado.
Sentiu-se nada.
Não era ninguém.
E toda e qualquer decisão ou ato necessário fez-se ausente. Hoje não seria capaz de dizer, nem ao menos de pensar.
Dentre tantas vozes, muitas agradáveis aos ouvidos, a única que fez-se presente foi a que sabia irritar com um simples "olá". Talvez fosse a forma encontrada de mantê-la calada.
Então a ví caminhar de volta à casa após um cansativo dia de trabalho. Por mais que parecesse calma e leve feito brisa, em sua mente bilhões de pensamentos lhe enlouqueciam. Eram fatos inacreditáveis, problemas insolucionáveis, intensa covardia.
Sentia-se ingrata, sentia-se injusta.
E a imagem que lhe perseguia era de ferimentos físicos que expunham toda a dor de um espírito.
Sentiu-se tudo para alguém e nada para si. Viu que no caminho havia perdido toda sua crença na vida, e toda sua ação em relação a que se quer ou não fazer.
Sentiu-se inútil em suas buscas, lembrou-se não saber por onde começar para que pudesse, enfim, concertar tudo aquilo que havia estragado.
Sentiu-se nada.
Não era ninguém.
E toda e qualquer decisão ou ato necessário fez-se ausente. Hoje não seria capaz de dizer, nem ao menos de pensar.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Teria sido um dia como outro qualquer, não fosse o fato inesperado que fez-se tão cruel.
Conformismo nunca fez parte de seu caráter e vê-la daquela forma, calada e sem reação, fez com que meu olhos humidecessem.
Não estava pronta. Não haveria de estar. Tanta coisa por fazer, palavras por dizer, tal acontecimento não poderia, nem deveria, ser real.
Após ver, tocar e gelar-se ao fazê-lo, duvidou que ali realmente estava aquela que, algum tempo atrás, aquecia feito fogo. Experimentou uma pequena parcela de revolta, que mostrou-se de extrema sutileza.
Quão livre está alguém de passar por tamanho sofrimento? Não está...
Teria sido um dia como outro qualquer, não fosse o resplandescente céu azul e o fato de a saudade lhe apertar forte o peito. Observando-a pude reparar a dor que se expunha em sua face, e seu suplício, quase que imperceptível aos ouvidos, pedia por mais um dia, mais um abraço.
Caso eu soubesse como fazê-lo, realizaria seu singelo e sincero desejo, dessa forma a pouparia, ao menos em parte, do ferimento que sangra em seu peito. Apesar da consciência das verdades, nega-se a acreditar. E lá se vai um ano...
Teria sido um dia como outro qualquer, não fosse o fato de ela continuar a esperar o som do familiar timbre de voz, que sempre soube acalmar como nenhum outro, a pronunciar que tudo não passou de um sonho ruim. O suplício é esquecido, pois agora ela acredita que em breve irá perder-se no velho e aconchegante abraço, acredita que logo poderá adormecer com agradáveis e conhecidas carícias nos fios de cabelo. E na cama feita carinhosamente ao lado do local onde sua querida repousava, estaria livre novamente de todo e qualquer medo.
Ela acredita que teria sido um dia como outro qualquer, onde talvez nem por telefone teriam se falado, mas o simples saber que ainda a veria entrar pela porta se faria de extrema importância.
Mas não foi um dia como outro qualquer, pois não a tem mais por perto e sabe que agora é tarde, ela não voltará..
(vive-se então em companhia à saudade. eu te amo, Rê.)
Conformismo nunca fez parte de seu caráter e vê-la daquela forma, calada e sem reação, fez com que meu olhos humidecessem.
Não estava pronta. Não haveria de estar. Tanta coisa por fazer, palavras por dizer, tal acontecimento não poderia, nem deveria, ser real.
Após ver, tocar e gelar-se ao fazê-lo, duvidou que ali realmente estava aquela que, algum tempo atrás, aquecia feito fogo. Experimentou uma pequena parcela de revolta, que mostrou-se de extrema sutileza.
Quão livre está alguém de passar por tamanho sofrimento? Não está...
Teria sido um dia como outro qualquer, não fosse o resplandescente céu azul e o fato de a saudade lhe apertar forte o peito. Observando-a pude reparar a dor que se expunha em sua face, e seu suplício, quase que imperceptível aos ouvidos, pedia por mais um dia, mais um abraço.
Caso eu soubesse como fazê-lo, realizaria seu singelo e sincero desejo, dessa forma a pouparia, ao menos em parte, do ferimento que sangra em seu peito. Apesar da consciência das verdades, nega-se a acreditar. E lá se vai um ano...
Teria sido um dia como outro qualquer, não fosse o fato de ela continuar a esperar o som do familiar timbre de voz, que sempre soube acalmar como nenhum outro, a pronunciar que tudo não passou de um sonho ruim. O suplício é esquecido, pois agora ela acredita que em breve irá perder-se no velho e aconchegante abraço, acredita que logo poderá adormecer com agradáveis e conhecidas carícias nos fios de cabelo. E na cama feita carinhosamente ao lado do local onde sua querida repousava, estaria livre novamente de todo e qualquer medo.
Ela acredita que teria sido um dia como outro qualquer, onde talvez nem por telefone teriam se falado, mas o simples saber que ainda a veria entrar pela porta se faria de extrema importância.
Mas não foi um dia como outro qualquer, pois não a tem mais por perto e sabe que agora é tarde, ela não voltará..
(vive-se então em companhia à saudade. eu te amo, Rê.)
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