O mundo cala
perante nós, ou então, quando “nós” volta a existir, diferença alguma faz o som
do mundo. Existe apenas o teu, o meu som.
Os risos
espalhados pelo quarto, feito aquela bagunça organizada, nos dá a sensação de
aconchego, de “nosso lugar”.
Então observo
tudo, dos gestos ao eco da tua voz, procurando por resquícios de um passado não
tão feliz que ainda possa se fazer presente.
Prendo-me a
cada detalhe, capturo-os e peneiro-os, livrando-me, livrando-nos de todo o breu
que nos assolou.
E a manhã
vem clara. Clara, ensolarada e sorridente.
Vem nova,
marcando nossa nova fase, nosso recomeço.
E te olho,
nos olho no espelho.
Ainda
estamos, ainda existimos, resistimos e sobrevivemos.
Tão bonito
nosso dia, nosso promissor bom dia.
Que se
inicia com beijos acanhados, toques preguiçosos, e olhos entreabertos,
Mas logo
incendeia e aquece. Aquece o corpo, aquece o peito.
E o gelo que
tempo e distância formaram se vai tão fácil, tão rápido.
Não há
motivos para relembrar o que passou.
E me olho
espelho, nos olho no espelho.
Aqui ainda
estamos. E é incrível que ainda existimos, que resistimos, porém, o bem
querer assim quis, sobrevivemos!
Que, quando
é pra ser, quando um ser é pra outro ser, simplesmente é.
E fim.
Li alguns textos teus e gostei muito. Transmites muito sentimente e eu me envolvi nas histórias de forma singular. Tens um dom especial. Parabens e nunca pares de escrever.
ResponderExcluirMuito obrigada, tanto pelo elogio quanto pelo incentivo!!
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