sexta-feira, 6 de julho de 2012

Pra não voltar


Estou indo embora.
Embora da tua vida.
Conseguistes maltratar-me tanto,
agredir-me tanto,
que hoje o que mais quero é estar longe,
tão longe que não possa ouvir resquícios da tua voz.
Pedi apoio,
implorei tua ajuda,
mas fingiu-te de cega e virou-me as costas.
Pois bem, eu fui
E ouça bem: nossos caminhos são opostos
e nossas estradas,
feliz ou infelizmente,
não hão de se cruzar.
Eu estou livre,
sinta-se assim também.
Levo o que é meu,
deixo o que é teu
e desfaço a tênue linha que mantinha-nos ligadas.
Eu fui,
sozinha e forte.
Sequei os olhos antes do primeiro passo.
Que por ti,
pelos velhos e sempre presentes motivos,
não derramo mais uma lágrima sequer.
Não faço mais parte do "nós",
a partir de agora sou eu por mim,
diante do mundo,
diante da vida.


E nada há de faltar!

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