Procurou qualquer objeto capaz de me incriminar.
Não encontrou.
Decretou, então, que sua ausência não foi capaz de deixar-me escapar,
de lhe deixar.
E sorriu.
Sorriu aquele sorriso que diz "tu és minha!",
aquele sorriso de satisfação,
pensando-se insubstituível,
insuperável.
permiti que assim pensasse.
Leonino,
seguro, orgulhoso, independente.
Mal sabe o poder que uma geminiana pode ter.
Por baixo dos panos escondi minhas andanças,
o que sua ausência me proporcionou fazer.
E não disse que fui, sem que pudesse perceber,
não contei que voltei, antes que pudesse ver.
Deixei acreditar que aqui permaneci,
quieta, calada, inocente.
Deixei pensar que possui o controle da minha como não chega a possuir o controle da própria vida.
Pois assim sei que vai mas volta,
aventura-se mas acaba exatamente no mesmo lugar.
E, enquanto ausenta-se, me divirto.
Que prometi tempos atrás que já não paro por ninguém,
independentemente da falta que esse alguém me faz.
Não mais!
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