terça-feira, 13 de agosto de 2013

Noite passada pude imaginar, fantasiar com um futuro há tanto prometido pra nós, tão bom.
Nenhum detalhe me escapou, admito. Dos teus olhos me sorrindo pela manhã ao aroma que deixavas nos cômodos pelos quais passava, tudo tão claro, tão vívido, tão real.
Noite passada era calmaria, como se tua voz me soprasse boas novas ao pé do ouvido. Noite passada era paz.
E eu, noite passada, tinha a certeza de que o tempo de espera que nos resta nada mais é do que os milésimos de segundos de um piscar de olhos.
Como quando te vi partir, noite passada foi embora antes que eu me considerasse pronta pra um novo dia, antes que eu quisesse enfrentar de frente o por vir.
E nessa manhã não tive certeza sobre a pressa do tempo.
Tratando-se de imagens não há nenhuma, a não ser os resquícios daquelas dos dias em que tu estavas aqui.
Nessa manhã, se fez sol não vi, se choveu não senti.
Foi uma daquelas manhãs que surgem por simples dever, sem pretensões ou objetivos. Manhãs que devem ser vividas mesmo que não saibamos como as viver.
E eu quis correr. Correr pra qualquer lado que devolvesse os sentidos.
Correr pra longe, pra perto de ti.
Quis ter a paciência que tu tens, quis ter a força que tu tentas me transmitir.
Mas nessa manhã nada mais fez sentido.
Na maioria dos dias nada mais faz sentido.

Tem sido assim, longe de ti.

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