O desespero bate à porta.
Não só abro como o deixo entrar.
Não me sinto merecedora
de ti, de nós,
Porém, sem tua presença,
admito não saber o que fazer.
Reviro as gavetas
procurando por algo que nem sei o que é ou se existe,
Tomo um banho atrás do
outro esperando que a calma me encontre, que eu me reencontre.
Tudo têm sido tão em vão,
tão por ser e sem motivos.
Mas não paro, sabendo que
a pausa é o que trará a queda.
Sigo trôpega e
cambaleante,
Incompleta, dolorida e
ferida.
E se sinto o marejar dos
olhos convenço-me de que foi a brisa que os deixou assim,
Repito em voz alta que a
alma permanece intacta,
Firme, forte,
Mesmo que o sentir diga o
oposto.
Oposto.
Acontece que cada palavra
me traz tua imagem, tua lembrança.
Que oposto de mim nada
mais era do que tu
E não sei se devo me
referir a ti no passado, presente ou futuro.
Na verdade, não sei de
mais absolutamente nada.
Sei que um dia é só mais
um dia enquanto tudo segue dessa forma,
Enquanto sigo vivenciando
uma história que não possui princípio, meio ou fim.
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