Ela desfrutou, por algumas horas, de sensações antes jamais experimentadas. Era um misto de solidão e liberdade que lhe tomava a alma. Não que fosse certo, mas também não era ruim.
O silêncio não lhe incomodava, o escuro não lhe bloqueava a visão e o leve tremor do corpo não lhe assustava.
Momentos antes imaginou como seria ter suas veias invadidas pela felicidade, mal sabia que anos mais tarde obteria a resposta.
E havia tanto a ser feito, porém recusou-se a fazer. Não poderia permitir a presença da euforia em meio à tanta paz.
Até mesmo os pensamentos, naquele curto espaço de tempo, pareciam inexistentes. Permanecia distante de problemas, de responsabilidades, de presença de quem ou do que fosse.
Era um equilíbrio do qual pensou que jamais desfrutaria, como se o mundo houvesse parado apenas para que ela pudesse se encontrar.
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