Acontece que eu te sinto tão meu que não sei mais nos separar. Não sei quem tu és, não sei quem sou, sei quem somos.
Acontece que eu te sinto tão em mim que te amo, te odeio, te olho no espelho e me vejo, me olho no espelho e te vejo.
Acontece que me sinto tão tua que falo apenas sobre ti, que te falo sem palavras, que me entrego por inteira.
Abraço não há, pois não encontro forma de me abraçar.
Beijo não há, pois não encontro forma de me beijar.
Presença não há, pois não encontro forma de me encontrar.
E somos tanto, que palavra alguma pode explicar.
Somos tão pouco que nem o silêncio pode contar.
Somos tudo, somos nada.
Não sou eu, não é você, somos nós, e só.
Nós aqui, nós aí, nós em todo e qualquer lugar. No cheiro, no sentir, na falta de saber.
Somos pele, somos carne, somos o que mesmo?
Ah é! Somos o tal do amor.
Eu até citaria nomes, mas é totalmente desnecessário.
(e mudei essa "parte final" porque, pra falar bem a verdade, adoro um subentendimento.)
;)
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