Houveram outros momentos em que desejou falar, esclarecer, explicar, e caso ela o tivesse feito em algum deles talvez agora pudesse recordar com exatidão a reação e resposta provocada pelos seus dizeres, o significado de cada gesto, por menor que tenha sido.
"Eu estou aqui." Isso não se diz ao vento, não se esquece com o tempo.
E até que ponto é bom adquirir lembranças, acreditar, confiar?
Até quando se deve insistir, querer, amar?
Ela perdeu-se.
Perdeu-se nos próprios pensamentos e, sem rumo, busca por algo que a ensine a viver.
Nada é fácil, que graça teria se fosse?
A falta de contato, notícias, certezas, enlouquece pouco a pouco.
Quando acreditou ter encontrado paz viu a forma como uma leve brisa tornou-se vendaval e foi capaz de causar desordem em seus sentimentos. Viu e sentiu.
Pediu silêncio mais uma vez, implorou que ele cumprisse suas promessas, quis reconstruir o que estava destruído, recomeçar, reencontrar.
Não há forma de prever o futuro e talvez ela nem quisesse fazê-lo, mas saber que se tem alguém... ah! quem não gostaria?
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