Re-amar e reencontrar,
reencontrar a calma, a paz, o motivo,
e mesmo sem motivo, sorrir.
Sorrir de tudo e de nada,
das pedras, da estrada.
Estrada esta que me leva sempre ao mesmo lugar,
lugar aquele em que te ví, nos vimos.
Deixa então passar o dia, quiçá parar o tempo.
Deixa ser, acontecer.
Acontece que a gente sempre esquece
que logo chega a hora de partir.
Mas na distância sinto a presença,
no silêncio ouço tua voz,
e as palavras que até mim chegam
trazem mais do que simples dizeres,
vêm carregadas de sentimento
e são capazes de encurtar distância.
Encurtam distância e aumentam o desejo,
desejo que me consome,
que num mesmo instante me faz querer morrer
e pra sempre viver.
Pois não há medida, não há controle,
mas também não há desespero.
Espera há.
E na espera, sem cansaço, sem desistência,
se espera encontrar, se encontrar.
Faça-se então o tempo,
tempo este que nem sei contar,
mas que corra, venha, vá,
que chegue em algum lugar.
E junto com a brisa vejo teu rosto,
sinto tua pele, toco teu lábio.
Lábio teu, que agora é meu.
E nem houve tempo para lástimas,
te vejo voltar.
A espera acaba, a distância se desfaz
e saudade já não faz parte do nosso vocabulário.
Agora te tenho, meu bem,
e tu me tens.
Me tens por longo tempo,
tempo eterno.
Nos temos e só.
Não precisamos de mais ninguém.
É privilégio,
privilégio de quem sabe amar.
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