quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eu? Bem,eu continuo aqui.
Tentando quebrar os elos que nos ligam e fugir das pessoas que insistem em pronunciar meu nome junto ao teu, como sendo um só.
E tentando deixar de te imaginar em lugares que nunca vi, com pessoas que nem sequer conheço. Esforçando-me para não acreditar serem esses lugares melhores do que aqueles que frequentávamos e essas pessoas mais interessantes do que as que deixastes aqui.
Eu estou tentando.
Tentando fazer-me acreditar que não foram meus erros que empurraram-te pra longe daqui, que não é tua ausência o motivo dos meus fracassos e frustrações.
Eu bem que tento.
Sei que, muitas vezes, fui capaz de te enganar e, diante das tuas lágrimas, manter-me implacável. Mas, agora, me sinto tão vulnerável e exposta. Sinto-me tão fraca e estúpida.
Deixei-te ir, sabendo que queria, mais que tudo, que ficasses.
Deixei-te ir, sabendo que, se pedisse, permanecerias aqui.
Fui tola, na hora errada.
E fiz nossas brigas sérias demais, fiz-te confundir insegurança com ausência de amor.
Fiz-te sofrer. E sofri.
Fiz-te mais forte. E desabei.
Que tua casa tornou-se o mundo enquanto a minha tornou-se teu corpo.
E tua casa tu encontras em qualquer lugar, já a minha tornou-se impossível alcançar.
Fui trouxa, na hora errada.
Não encontrei as palavras com facilidade e não preocupei-me em procurar.
Pensei que permanecerias aqui. Que, pacientemente, aguardaria meu sinal.
Mas te fiz forte. Tão forte que não precisou mais de mim.
Tão forte que fostes capazes de seguir.
E eu, bem, eu continuo aqui.

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