domingo, 19 de agosto de 2012
Assim como os botes salva-vidas não são notados antes que o navio afunde,
não conhecemos nossa força e auto-suficiência antes que essa seja nossa única opção.
Pois quando nada se tem, quando não se tem ninguém, somos nós por nós enfrentando o descaso do mundo perante as tempestades que afligem nossas vidas, e não nos resta outra alternativa além de suportar.
Suportar para, só então, superar.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Sabemos que essa conversa nem deveria acontecer.
Falamos de nós como se isso ainda existisse.
Tempos atrás, em um tempo relativamente distante,
optamos por desfazer a ligação que tínhamos,
porém, insistimos em cobranças que já não nos pertencem,
em diálogos acerca do que deveria ou não ter sido feito.
Se o futuro nos reserva algo, deixemos que o destino nos revele,
mas é tempo de parar, de respirar.
Os caminhos, por hora, não são os mesmos.
E todo o stress pelo qual estamos passando é desnecessário.
Esse é o momento em que devemos sorrir,
por outros motivos,
por outras pessoas.
Em algum ponto talvez venhamos a nos cruzar, então, só então,
teremos a oportunidade de rever o que passou,
e de retomar do local onde paramos, se assim acharmos adequado.
Mas não agora.
Não perante a distância.
Estamos cometendo, mais uma vez, erros que interferirão lá na frente.
Saibamos respeitar o que nos separa,
os momentos que temos longe um do outro.
Pode ser que, mais tarde, esses momentos venham e ser esquecidos
mas, agora, devem ser vividos, intensamente,
com a felicidade e liberdade que estes merecem possuir.
Pois, por mais cruel que isso soe,
não somos nada.
E "nada" não tem o direito de intervir na vida de ninguém.
Nos reeduquemos e saibamos viver assim,
distantes e sós.
Livres e bem.
É o que temos pra hoje,
e basta de pensar apenas no amanhã.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Eu? Bem,eu continuo aqui.
Tentando quebrar os elos que nos ligam e fugir das pessoas que insistem em pronunciar meu nome junto ao teu, como sendo um só.
E tentando deixar de te imaginar em lugares que nunca vi, com pessoas que nem sequer conheço. Esforçando-me para não acreditar serem esses lugares melhores do que aqueles que frequentávamos e essas pessoas mais interessantes do que as que deixastes aqui.
Eu estou tentando.
Tentando fazer-me acreditar que não foram meus erros que empurraram-te pra longe daqui, que não é tua ausência o motivo dos meus fracassos e frustrações.
Eu bem que tento.
Sei que, muitas vezes, fui capaz de te enganar e, diante das tuas lágrimas, manter-me implacável. Mas, agora, me sinto tão vulnerável e exposta. Sinto-me tão fraca e estúpida.
Deixei-te ir, sabendo que queria, mais que tudo, que ficasses.
Deixei-te ir, sabendo que, se pedisse, permanecerias aqui.
Fui tola, na hora errada.
E fiz nossas brigas sérias demais, fiz-te confundir insegurança com ausência de amor.
Fiz-te sofrer. E sofri.
Fiz-te mais forte. E desabei.
Que tua casa tornou-se o mundo enquanto a minha tornou-se teu corpo.
E tua casa tu encontras em qualquer lugar, já a minha tornou-se impossível alcançar.
Fui trouxa, na hora errada.
Não encontrei as palavras com facilidade e não preocupei-me em procurar.
Pensei que permanecerias aqui. Que, pacientemente, aguardaria meu sinal.
Mas te fiz forte. Tão forte que não precisou mais de mim.
Tão forte que fostes capazes de seguir.
E eu, bem, eu continuo aqui.
Tentando quebrar os elos que nos ligam e fugir das pessoas que insistem em pronunciar meu nome junto ao teu, como sendo um só.
E tentando deixar de te imaginar em lugares que nunca vi, com pessoas que nem sequer conheço. Esforçando-me para não acreditar serem esses lugares melhores do que aqueles que frequentávamos e essas pessoas mais interessantes do que as que deixastes aqui.
Eu estou tentando.
Tentando fazer-me acreditar que não foram meus erros que empurraram-te pra longe daqui, que não é tua ausência o motivo dos meus fracassos e frustrações.
Eu bem que tento.
Sei que, muitas vezes, fui capaz de te enganar e, diante das tuas lágrimas, manter-me implacável. Mas, agora, me sinto tão vulnerável e exposta. Sinto-me tão fraca e estúpida.
Deixei-te ir, sabendo que queria, mais que tudo, que ficasses.
Deixei-te ir, sabendo que, se pedisse, permanecerias aqui.
Fui tola, na hora errada.
E fiz nossas brigas sérias demais, fiz-te confundir insegurança com ausência de amor.
Fiz-te sofrer. E sofri.
Fiz-te mais forte. E desabei.
Que tua casa tornou-se o mundo enquanto a minha tornou-se teu corpo.
E tua casa tu encontras em qualquer lugar, já a minha tornou-se impossível alcançar.
Fui trouxa, na hora errada.
Não encontrei as palavras com facilidade e não preocupei-me em procurar.
Pensei que permanecerias aqui. Que, pacientemente, aguardaria meu sinal.
Mas te fiz forte. Tão forte que não precisou mais de mim.
Tão forte que fostes capazes de seguir.
E eu, bem, eu continuo aqui.
Já andei por essas ruas com outras lembranças e, assim como aquelas, essas hão de desaparecer.
E já tive outros sonhos como os que tenho contigo que, quando menos esperei, foram substituídos por novos.
Fingi, tentei e até mesmo acreditei ser tua, mas a verdade é que nunca fui, e isso torna tudo mais fácil.
A ligação que tivemos foi, por mais que no momento não pareça, muito mais física do que emocional.
E não me importo.
De verdade, não me importo.
Acabei me tornando um pouco mais forte e ciente das coisas.
Sei que não preciso dizer-te que vou, pois ao teu lado nunca estive.
E que não posso pedir-te que fique, pois aqui nunca esteve.
Apenas cruzamo-nos, encontramo-nos em um desses acasos da vida.
Um acaso que me agradou, admito.
Mas basta seguir em frente.
Não fomos e nunca seremos nada.
Compartilhamos alguns sorrisos, alguns segredos.
E superamos alguns medos, avançamos em alguns quesitos.
Nada demais, nada a mais.
Só a vida fazendo o que tem que fazer: proporcionando-nos momentos.
Também não estou fazendo pouco caso, sei que pode parecer.
Agradeço-te pelo tempo.
Agradeço-te a companhia.
Mas é só, foi só.
Agora, na hora de arrancar o pouco do sentimento que acabou surgindo com a rotina, quero que seja tão simples quanto de fato foi.
Chegou tão depressa, que saiba assim ir também.
Afeto é muito para ser gasto com nada.
E já tive outros sonhos como os que tenho contigo que, quando menos esperei, foram substituídos por novos.
Fingi, tentei e até mesmo acreditei ser tua, mas a verdade é que nunca fui, e isso torna tudo mais fácil.
A ligação que tivemos foi, por mais que no momento não pareça, muito mais física do que emocional.
E não me importo.
De verdade, não me importo.
Acabei me tornando um pouco mais forte e ciente das coisas.
Sei que não preciso dizer-te que vou, pois ao teu lado nunca estive.
E que não posso pedir-te que fique, pois aqui nunca esteve.
Apenas cruzamo-nos, encontramo-nos em um desses acasos da vida.
Um acaso que me agradou, admito.
Mas basta seguir em frente.
Não fomos e nunca seremos nada.
Compartilhamos alguns sorrisos, alguns segredos.
E superamos alguns medos, avançamos em alguns quesitos.
Nada demais, nada a mais.
Só a vida fazendo o que tem que fazer: proporcionando-nos momentos.
Também não estou fazendo pouco caso, sei que pode parecer.
Agradeço-te pelo tempo.
Agradeço-te a companhia.
Mas é só, foi só.
Agora, na hora de arrancar o pouco do sentimento que acabou surgindo com a rotina, quero que seja tão simples quanto de fato foi.
Chegou tão depressa, que saiba assim ir também.
Afeto é muito para ser gasto com nada.
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