sábado, 11 de fevereiro de 2012

Qualquer coisa.
Qualquer coisa capaz de acalmar,
De apagar.
Seja voz, bebida ou abraço.
Mas pra já, pra ontem!
Pois das rasteiras que a vida dá,
Cansei!
E, se não é pra desistir,
Que haja um belo de um motivo para continuar.
Sei que com essa angústia,
Com esse peso,
Ah! Assim não dá!
Então,
Que venha o copo,
Que venha o corpo.
Que venha algo que queira, enfim,
Realmente ficar.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Distância e Presença

Não saber se dormiu cedo e acordou tarde,
dormiu tarde e acordou cedo,
teve insônia e refletiu,
lutou contra o sono e perdeu.
Não fazer ideia se achou, embriagado, o caminho de casa,
se andou de mãos dadas até lá,
se foi para casa de outro alguém,
se evitaram a casa e se perderam por aí.
Mas saber que mantém a velha mania de ser estonteante,
a capacidade absurda de fazer o que bem entende
e continuar a me encantar a cada reaparição.
Saber que, em algum momento,
encontra meus pertences e sorri,
mesmo que depois os guarde e os esqueça.
Que somos livres, bem sabemos.
Vamos, voltamos,
falamos sobre e ocultamos.
Contudo, o que não podemos negar é a intensidade dos momentos,
dos nossos momentos,
que chegam derretendo o gelo que o mês formou.
Vem adentrando, explodindo, invadindo.
Com a distância sabemos lidar, já com a presença...
Quando a temos é sem moderação!
Te arranco pedaços, me tira do sério.
E rimos, sorrimos,
gritamos!
Diferente não há de ser.
Não espero que seja.
Vai, vive.
Que eu vivo bem por aqui.
Mas, ao me ver,
me quebra, conserta, me vira ao avesso!
Intensidade nunca é demais.