terça-feira, 25 de maio de 2010

Erros, falhas e a longa corrida em direção ao perdão.

Mudei meus atos, planos, minha vida por completo.
Vejo tudo arruinado, quebrado, espalhado por aí em questão de minutos.
Hoje, relembrando o sorriso de ontem, permití que a tristeza me invadisse, foi então que descobrí que arrependimento é algo sem sentido, cujos efeitos são invisíveis.
Então, perante tudo e todos me ajoelho e imploro, como diz a velha canção, "é só lembrar que o amor é tão maior"..
E recomeçar, ou então, enfim começar.
Pode ser que seja tarde pra dizer que eu já não quero, e talvez nem possa, ser feliz na tua ausência.
Pode ser que nada mude, mas eu espero que me ouça, pra quem sabe assim contar-te meus medos e receios, meus sinceros sentimentos.
E caso seja tarde.. Ah! Preferia não conseguir pensar, mas acredito que levaria contigo as cores, os aromas e amores, e então voltaria tudo a ser como foi um dia, quando nunca era dia e havia lágrimas pelo chão.
Mas se voltar..
Se voltar prometo o mundo, minha vida e tudo o que posso e não posso alcançar.
Sabes bem tudo que eu sinto e minha disposição de fazer com que tudo seja esquecido,
"é só lembrar que o amor é tão maior"!

sábado, 15 de maio de 2010

Aversão profunda.
Furor incontroverso.
"Nos permite arruinar todos teus sonhos e planos de uma só vez?"
Tua resposta é irrelevante, eles o farão.
Conhecem tua incapacidade de reconstruir, mas continuam a destruir cada uma de tuas certezas.
De punhos cerrados e olhos nos quais o ódio se expressa, se postam à tua frente.
Bingo! Mais uma vez te deixam sem saída e escondem a solução.
Foge, meu bem! É o melhor que tens a fazer! Teu semblante me suplica uma resposta: "Como?!"
Eu vejo teu receio, vejo o sangue que escorre pelo teu peito. Sei que te machucam cada vez mais.
Por um instante sinto-me repugnante por, imóvel, apenas observar.
Sinto meu rosto húmido. Por que te fazem chorar?
Me diz não saber, sei que fez de tudo pra acertar...
Fragmentos do que um dia chamou-se espelho me mostram a realidade que tento esconder.
Hey, garota! Eu sou você.
Hoje perante teu riso disfarcei meu pranto, de pé me sentí desabar, efeito de teus ásperos sentimentos.
No teu olhar vazio não pude ver uma lágrima sequer e nos teus atos, a temperatura ríspida do inverno.
Vejo todo amor que a ti direcionei ser jogado fora, como restos inaproveitáveis, como lixo qualquer.
E se todos podem ver, por que tu não podes?
Apenas bem tentei lhe fazer...
Pedir que deixes teu orgulho de lado, penso eu que não é excesso, comparado a tudo que eu fiz e faria por ti. Não encare como cobrança, apenas breve reflexão.
Agora de longe te observo. Vejo algo que todos viam e eu sempre tentei não ver.
Ser impassível, imprudente, inabalável.
Enquanto pensam que enfim brotará o ódio, me permito apenas sentir a dor.
Deus sabe o quanto me dói te ver fugir quando precisaria apenas pedir perdão.
Mas eu bem soube, desde o princípio, qual seria o fruto desse amor incondicional que dediquei a ti.
É apenas meu pranto que já não pode ser disfarçado e que me acompanha até que eu adormeça.